Evanescence (Evanescence)

 

 

Por Bruno Eduardo.

 

Após o estouro de Fallen, lançado em 2003, o Evanescence se transformou em uma banda rentável. Carregam uma multidão de seguidores, vendem razoavelmente, e possuem uma marca das mais fortes da última geração.
 
Amy Lee tornou-se uma espécie de “logotipo” do grupo - não é à toa que ela foi capa dos dois primeiros CDs. Embora contestada pelos tradicionalistas, é inegável o seu potencial artístico. Com um estilo próprio, ela e a banda, - que se reformulou por completo – inicia o trabalho com um clima muito menos “deprê” do que de costume. “What You Want” conta com uma bateria em ritmo marcado, mas com um bom trabalho de voz.  A melodia do refrão faz a música cair um pouco, mas não perde a energia da proposta.
 
A sequência com o riff pesado de “Made Of Stone”, apenas não deixa a influência ser esquecida, mas pianos e um ritmo arrastado dão um tom meio “degradé” à canção. E se tiver algo a ser destacado na produção, é a evidente inclusão do piano. Se antes o instrumento levava destaque nas canções mais lentas, aqui ele vem junto à riffs pesados ou à interludes melódicos.
 
Com um estilo muito mais solto, Amy potencializa mais o seu alcance vocal, resultando em uma de suas melhores performances, na excelente “Erase This”. Por falar em performances individuais, abrem-se aspas para o baterista Will Hunt, que possui um estilo oriundo do Hard Rock anos 80.
 
O “véio” Evanescence volta a encarnar em “Sick” e “End Of The Dream”, mas é exorcizado pelo riff contagiante de Terry Balsamo em “Never Go Back”.
 
A banda que teve de se reinventar para voltar à forma, tratou de fincar o pé no instinto musical de sua vocalista - que embora tenha mudado algum costume, ergueu o queixo em direção ao incerto. Incerteza essa, que não intimidou a visão sempre muito contestada em se manter igual.
 
Muita coisa pode ser dita. Opinião é algo sugestivo, e obviamente, muitos irão se influenciar por seus gostos particulares.  Eu costumo dizer, que a proposta é sempre o carro guia para qualquer avaliação justa.
 
Você pode até não gostar do Evanescence, mas tem de concordar: Acertando ou errando, eles são mais honestos que 90% das bandas atuais.

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