SYSTEM OF A DOWN (Rock in Rio)

System Of A Down de Serj Tankian tocou baixo no Rock in Rio.

Mesmo com um show prejudicado pelo som, o System Of A Down conseguiu trazer essência para a noite do rock. Honestidade nunca faltou aos caras, atitude idem.

Para quem esperava corpo mole por se tratar de um evento, a resposta veio num set de quase 30 músicas, que fez um apanhado de toda carreira do grupo. A boa, foi que eles não menosprezaram nenhum de seus trabalhos - o que fez render execuções antológicas de “Innervision” e “Suit Pee”. 

Como tem sido de praxe na turnê atual, a barulheira deu início com “prison song”, do disco Toxicity (que está completando uma década). Mais contido como de costume, o guitarrista Daron Malakian parecia mais concentrado nos backing vocals, o que ajudou, já que Serj Tankian mesmo com o seu talento inegável, parecia segurar um pouco a voz em diversas músicas.

O que ficou gritante mesmo, foi a altura dos PA's. Para quem acompanhou o evento inteiro e teve que aturar os altos decibéis que vinham do palco mundo, sentiu a notória diferença. O som estava evidentemente baixo. Boatos nos bastidores justificavam que isso teria ocorrido propositalmente para manter o nível de segurança física do público controlado, já que o clima na grade estava realmente tenso - recorde absoluto de jovens resgatados pelos seguranças. Mas ninguém confirmou oficialmente essa versão.

De qualquer forma, isso influenciou diretamente no impacto da apresentação. Quem tem experiência em shows de rock pesado, sabe que um som no "talo" faz toda a diferença.

Voltando ao palco: O público foi ao delírio na versão de "aerials" - numa das poucas vezes que o vocalista toca guitarra. E ainda promoveu diversas rodas punk (nada comparado ao show do slipknot), nas excepcionais "chop suey" e "Science". Para finalizar a apresentação, eles remetem ao primeiro disco, na clássica "sugar". E abrem uma bandeira da banda para saudar o público.