Mesmo com um considerável fã-clube (composto por meninas em sua maioria), o Evanescence foi ao palco numa situação perigosa. A galera que se espremia nas grades, demonstrava que não teria paciência suficiente com a versão new metal gótico, apresentado pela banda.

Um tímido ensaio de vaias antes do show, fez com que alguns fãs temessem uma reação hostil do público. Mas o que ninguém contava, era com a presença de palco enérgica da vocalista, que dizimou qualquer intenção de hostilidade por parte dos fãs mais "apressados".

Se movimentando muito, e sempre comunicativa, Amy Lee conseguiu cativar boa parte dos hostis. 

Na verdade, o Evanescence é como um projeto solo de renome da vocalista. Ela atrai todas as atenções, seja na publicidade quanto nos shows. Talvez por manter uma identidade própria, o Evanescence vive numa linha tênue (a tal proposta do Ame ou odeie). Num grande festival, onde o público não é representado por fãs em sua maioria, o grupo corre riscos consideráveis.

Mandando um set list bem costurado, a banda abriu os "trabalhos" com "what you want" - que estará no próximo disco, prometido para o mês que vem -, seguida da arrasadora “going under”.

Com muito esforço, a banda acabou se tornando um bom passatempo para os fãs de Guns N'Roses que lotaram a cidade do rock. Destacando também, o recorde absoluto de jovens que não aguentaram a pressão da grade, e acabaram saindo resgatados por seguranças de palco. Outro destaque também foram as meninas (várias) travestidas de Amy Lee, que circulavam por lá.

Mesmo garantindo a multidão na balada "my imortal", o grupo não deixou a peteca cair, e executou sons do disco anterior, o bom "The Open Door", lançado em 2006.

Para o final, nada melhor do que o primeiro hit "bring me to life". 

O Evanescence entrou na boca do leão, mas a sua bela vocalista garantiu sobrevida ao grupo. Abaixo, você confere uma foto do set list passado para imprensa.